Autor: vemcomavo
Por que o Vem com a vó?
Eu com meus filhos Marcelo e Martha.
Vovó paterna Odete com vovô e Oswaldo. Vovó Terezinha ou mãe Terezinha como os netos a chamavam com vovô Saul ou pai Saul , como os netos o chamavam.
No cantinho da direita, o sobrinho Roberto. Setembro de 1975
O Vem com a Vó, nasce da minha necessidade e intenso desejo de ter um espaço para falar, ouvir e discutir sobre as ansiedades, alegrias e expectativas com relação aos nossos netos. Em especial também, desejo proporcionar uma forma de contribuir através das nossas experiências, sem nos tornarmos invasivos, respeitando a posição dos pais dos nossos netos, buscando ao máximo uma maneira amorosa para lidarmos com este turbilhão de sentimentos que aflora em nosso peito.
Sempre acreditei na importância das histórias , do despertar da postura filosófica e reflexiva, do buscar o porquê dos porquês, do acreditar que toda a grande realização parte do sonho e principalmente a importância da fé, pois também somos responsáveis pela saúde física, emocional e espiritual de nossos netos, uma vez que somos o fio condutor da história de vida e valores da família.
O Vem com a Vó, se propõe, também, a incentivar os idosos, como eu, o gosto pela participação em uma sociedade dominada pela tecnologia e necessitada do envolvimento de quem já viveu alegrias, superou momentos difíceis e que traz consigo o sabor da superação. Assim, compartilhar as vivências, ensinamentos e aprendendo. Afinal, o grande sabor da vida é socializar o que sabemos e termos humildade para sermos eternos aprendizes, em especial com nossos netos a quem tanto buscamos ensinar e com quem tanto temos para aprender.
Eu me lembro com saudades dos ensinamentos de minha avó materna vó Leocádia que procurava nos passar seus valores através de sábios provérbios, muito dos quais só apreendi o sentido com o passar dos anos. Da minha avó paterna mãe Mila /Dalmira, lembro da firmeza e iniciativa para definir questões que na época, não era comuns para uma mulher. Não tive a sorte de conhecer o meu avô materno Manoel, mas soube que era um médico extremamente generoso e humanitário. O meu avô paterno Olinto tinha o dom de, em um simples afagar, transmitir o tamanho de seu amor e em sua atitude, tão simples e nobre, mostrar a importância de respeitar o outro, independente de seu lugar social. Embora os tenha perdido já adulta, lamento por não ter absorvido muito mais do que tinham para me ensinar.